Sim, é normal. O medo do escuro, o medo das alturas, ansiedade ou outras emoções podem naturalmente surgir no desenvolvimento infantil. Por exemplo, nas escolas, este tema é, muitas vezes abordado através das personagens do filme Divertidamente ou do livro do Monstro das Cores.
Quando surgem dúvidas como “Medo: o meu filho tem medo do escuro, é normal?”, é sinal de que os adultos estão atentos às emoções – e isso é essencial para entender e apoiar as crianças durante este processo. Além disso, essas preocupações mostram um cuidado saudável com o bem-estar emocional da criança, o que contribui para a sua segurança e autoestima.

Entender melhor para apoiar melhor
Conhecer as idades e etapas do medo é importante para o crescimento harmonioso e informado das crianças e dos jovens. Afinal, cada fase do desenvolvimento traz desafios e mudanças emocionais distintas.
Medo do escuro e outros medos:
0 aos 12 meses – Medos iniciais no bebé.
Bebé reagem a ruídos fortes, objetos ou pessoas desconhecidas e sentem ansiedade quando separados das figuras de vínculo. Nesta fase, estão a descobrir o mundo e a sua segurança. Por isso, é natural que surjam reações de medo.
1 aos 2 anos e meio – Medos na primeira infância.
À medida que crescem, tempestades e pequenos animais ou insetos costumam provocar medo, à medida que a criança descobre o que a pode ameaçar. Por conseguinte, continuar a entender e apoiar a criança ajuda-a a enfrentar esses medos.
2 anos e meio aos 6 anos – Medo do escuro e imaginação ativa.
O medo do escuro, de animais, de ficar sozinho e seres imaginários (fantasmas, monstros) torna-se mais presente, pois a imaginação está em pleno desenvolvimento. Por isso, nesta etapa, saber entender e apoiar é essencial para a tranquilidade da criança.
6 aos 11 anos – Medos e desafios emocionais.
As preocupações passam para a saúde, ferimentos, morte, acontecimentos sobrenaturais e desafios escolares. Com efeito, isso reflete a ampliação do conhecimento da criança sobre o mundo real. Logo, o apoio emocional continua a ser essencial, sobretudo em momentos de maior vulnerabilidade.
11 aos 13 anos – Medos e mudanças pessoais.
A pré-adolescência traz medos ligados à autoimagem e às relações interpessoais. Consequentemente, a segurança emocional pode ser abalada. Assim, os adultos devem estar especialmente atentos e disponíveis para oferecer
13 aos 18 anos – Medos e crescimento na adolescência.
Medos relacionados com a sexualidade, o sucesso escolar e o futuro são comuns nesta fase de grandes mudanças pessoais.
Apoio e sinais de alerta
Em resumo, o medo do escuro é normal e faz parte do crescimento harmonioso da criança. Contudo, é importante não ignorar os sinais e sintomas que podem surgir. Em caso de dúvida, se houver medo excessivo ou ansiedade não hesite em procurar ajuda profissional.
Lembre-se sempre: entenda e apoie o seu filho para garantir um desenvolvimento emocional saudável.
Faça download do nosso guião dos medos.